A Dor da Ingratidão

          Obrigado. Valeu. Um abraço. Um sorriso. Palavras e gestos tão simples, tão fáceis, tão necessários, que infelizmente estão entrando em extinção. Não que eu conceda favores esperando receber reconhecimento ou algo em troca, mas fazer tudo por uma pessoa sem ganhar nenhum tipo de agradecimento ou consideração machuca. Dói ainda mais se nos retribuem com a ingratidão de uma fofoquinha maldosa ou com um olhar torto quando os papéis se invertem e nós é que precisamos de apoio.

          Quantas vezes defendemos um alguém mesmo sabendo que ele está errado? Quantas vezes deixamos de realizar nossas vontades pra ajudá-lo? Passamos tardes de sol inteiras trancados num quarto escuro emprestando o ombro pra que a pessoa desabafe. Vamos pra festas quando o que mais queremos é ficar em casa, embaixo das cobertas. Desmarcamos compromissos pra cuidá-lo quando fica doente. Nada mais justo e normal. Saber que confortamos alguém especial, que seu dia foi mais alegre apenas por nosso suporte, nossa companhia, nos faz um bem enorme.

No entanto, investir num relacionamento, ser sincero e fiel desde primeiro momento até o último, pra ser enganado assim que surge uma oportunidade, inevitavelmente, abre um rombo no peito de quem um dia acreditou numa relação verdadeira. Chega uma hora em que ser companheiro pelos dois cansa, perde a graça.

Ninguém precisa de falsos companheiros ou daqueles que ficam por perto apenas quando as coisas estão indo às mil maravilhas. Queremos pessoas sempre prontas a nos ouvir, nos entender e respeitar nossas particularidades, limitações, erros e falhas. Queremos companheiros que ofereçam o colo quando estamos sós, que nos puxem as orelhas quando erramos, que se preocupem em nos ver felizes. Companheiros em quem podemos contar em qualquer momento e que confiem em nós acima de qualquer coisa, até em uma mentira, se ela for necessária. Pessoas incapazes de duvidar da nossa lealdade, do nosso caráter, e, principalmente, que saibam dizer muito obrigado, seja com palavras ou com o coração.

A quem não se encaixa nesse perfil, só nos resta a certeza de que não merece fazer parte de nossas vidas!

Obrigado

AMOR

          Ouvi que amor só existe onde há confiança, admiração e respeito. Eu acho interessante isso, pois, na minha convicção o amor nasce à partir dessas condições no outro, e mesmo que nós não vejamos isso no outro sabemos que existe.
          No livro 'O desafio de amar', no sétimo dia o autor fala da sala da admiração que temos em nosso coração e que esta sala é criada no início do relacionamento e nela nós só escrevemos os bons atributos do nosso companheiro, gostamos de visitar essa sala sempre e ficar olhando para as paredes com coisas lindas sobre ele que nós mesmos escrevemos e quando pensamos nessas coisas a nossa admiração pelo companheiro começa a aumentar, mas se prestarmos atenção veremos que depois de um tempo nós passamos a visitar essa sala com menos frequencia, pois, nós criamos outra sala em nosso coração que passa a competir com essa que é a sala da Depreciação.
          Nós criamos essa sala em decorrência das atitudes do nosso companheiro que nos deixa chateados e irritados, essas palavras foram escritas lá como resultado de frustrações, sentimentos feridos e expectativas não correspondidas.

          Esta sala tem ligação com as fraquezas e falhas do companheiro. Seus péssimos hábitos, palavras grosseiras e decisões erradas estão escritas em letras grandes que cobrem as paredes de um lado a outro. “Se você permanecer por muito tempo neste cômodo, certamente ficará depressivo e pensará coisas do tipo, “Minha esposa é tão egoísta”, ou “Meu marido é um imbecil”, ou talvez, ‘‘Acho que casei com a pessoa errada”.

          É nesta sala que as munições são preparadas para a próxima luta, a amargura se espalha como doença e é aqui que paramos de amar.

          E para que a admiração, a confiança e o respeito voltem a fazer parte de nossas vidas, nós precisamos mudar de sala, fazer da sala da admiração nosso lar e visitar a sala da depreciação somente para ajudar nosso companheiro a se livrar dos seus erros. Todos nós erramos, ninguém é perfeito, então precisamos saber amar e respeitar os erros dos outros.

Obrigado!!

Dygão...

2º dia

O amor é bondoso - Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoem-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. - Efésios 4:32

O segundo dia é como o primeiro, não dá para tirarmos nenhum parametro sobre nada, mas uma atitude simples rende olhares diferentes. É bom ser inesperado num simples gesto como um copo de leite, a pessoa não espera e fica sem jeito.

Amar é simples o complicado é saber lidar com o desamor do companheiro...

1º dia - O amor é paciente

Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. - Efésios 4:2
Eeste primeiro dia não foi nada fácil...
Logo pela manhã quando ela saiu para o trabalho fui beija-la e ela negou o beijo se distanciando, não foi virando o rosto para ganha o beijo na bochecha, ela simplesmente se distanciou, olhou nos meus olhos e sorriu um sorriso frio e sem graça como se dissesse... não tô nem ai pra o que você pensa ou quer, eu simplesmente não quero nada!

A dor quando alguém nega a você um simples beijo é algo que dilacera a alma, ainda mais vindo de alguém que você sempre amou por toda vida.
O coração se rompe em dor, a auto-estima se torna a coisa mais insignificante do nosso ser, e todos os pensamentos são de perda, depressão e inferioridade.
A grande diferença de hoje é que confio em Jesus e sei que Ele vai me fazer vitorioso no meu casamento, as pedras virão e estou preparado para recebe-as, assim como, estou preparado a receber a vitória do amor novamente em nossas vidas.

Amar é um desafio

          A cada dia aprendemos mais o que é amar! Após algum tempo de crise no casamento e de uma separação que trouxe muito sofrimento a todos, resolvi entrar de cara no amor! Passei 46 dias a procura de mim mesmo e quando achei que tinha me encontrado eu resolvi por um fim à situação da separação, o divórcio me assombrava a cada dia e a cada dia eu procurava encontrar meus defeitos, minhas fragilidades e meu orgulho.
          Voltei para casa de cabeça erguida, ao assistir o filme " PROVA DE FOGO" eu me dei conta de toda ignorância vivida a cada dia com a família maravilhosa, mas achava que não era preciso fazer o desafio de amar.
          Após um ano e meio do retorno ao lar descobri que ainda sou muito parecido com aquele homem que saiu de casa desolado e resolvi colocar em prática o desafio.
          Comecei hoje a faze-lo e estou compartilhando com todos os detalhes dessa nova visão de vida.

Dygão...